Trocar o bar pela corrida de rua. Substituir o cigarro por um matcha latte. Optar por cafés aconchegantes no lugar das baladas. Nos últimos anos, hábitos que antes eram considerados “alternativos” passaram a ocupar o centro das conversas e até do Instagram. O movimento tem nome: cultura wellness, e vem ganhando cada vez mais adeptos, principalmente entre jovens. 

O que é a cultura wellness 

O termo “wellness” vai além de alimentação saudável ou exercícios: é um estilo de vida que busca equilíbrio físico, mental e emocional. Está presente na rotina, na forma de consumo e até no lazer. 

Não é à toa que, segundo o Global Wellness Institute, o setor de saúde, bem-estar e fitness já movimenta trilhões de dólares no mundo. No Brasil, vemos isso na popularização de bebidas funcionais, como kombucha, chá gelado natural, cafés especiais e sucos prensados a frio. 

E as marcas já perceberam isso. Nos últimos anos, vimos o boom das bebidas funcionais: Coca-Cola Zero e versões “zero açúcar” ou “com benefícios extras” de refrigerantes clássicos, Starbucks criando drinks proteicos, águas saborizadas com colágeno, cafés com adição de whey e até energéticos com ingredientes voltados para foco e concentração. Produtos que antes não teriam apelo saudável agora se apresentam com uma nova roupagem e são incorporados à estética e ao discurso dessa geração. 

De bares a cafés: uma mudança de cenário 

Antes, sair para socializar significava quase sempre beber álcool. Hoje, para muitos, significa se encontrar para um treino ao ar livre, um passeio de bike ou um café pós-corrida. A pandemia acelerou essa transformação, trazendo mais consciência sobre saúde física e mental e criando um novo senso de comunidade em torno do bem-estar. 

Essa mudança não é sobre proibição, e sim sobre escolha. É um “sim” para a energia no dia seguinte, para o corpo em movimento e para hábitos que sustentam a rotina a longo prazo. 

A corrida como novo ponto de encontro 

Correr está se tornando tão social quanto ir a um show. Grupos de corrida se formam em várias cidades, atraindo pessoas que buscam saúde, mas também conexão. O que começa como exercício vira um encontro semanal com amigos, uma troca de dicas de treino e, muitas vezes, um incentivo para objetivos maiores como completar uma prova ou viajar para participar de maratonas icônicas. 

Por que essa tendência pegou? 

Há três motivos principais para o sucesso dessa “moda”: 

• Pertencimento: participar de um grupo com interesses em comum fortalece vínculos e cria novas amizades.
   

• Bem-estar imediato: atividades físicas liberam endorfina, melhorando o humor e reduzindo o estresse.
   

• Estética saudável: redes sociais impulsionam um estilo de vida “instagramável” que une autocuidado e visual agradável. 

Quando a moda se torna hábito 

Toda tendência corre o risco de ser passageira. Mas quando a prática gera benefícios visíveis como mais disposição, melhor sono e sensação de pertencimento, ela se torna parte da identidade. É aqui que a moda deixa de ser “tendência” para virar cultura. 

Saúde ampliada também é movimento 

Na Ampla, acreditamos que a saúde vai além de exames e consultas. Está na forma como nos movemos, no que escolhemos consumir e nos momentos que priorizamos. Seja correndo, pedalando, praticando yoga ou apenas caminhando ao ar livre, o importante é encontrar atividades que façam sentido para você e que possam ser cultivadas por muito tempo. 

Afinal, se é para seguir uma moda, que seja a moda de cuidar de si mesmo.