Bobbie Goods e o novo hábito de colorir: o que isso diz sobre o nosso tempo

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Livros de colorir estão de volta. Mas agora com um novo significado. A marca Bobbie Goods, por exemplo, se tornou referência nesse movimento, com seus cadernos e kits de ilustração sendo amplamente compartilhados nas redes sociais. Em vez de serem associados apenas ao universo infantil, esses materiais passaram a fazer parte da rotina de pessoas de diferentes faixas etárias. 

 

O que antes era uma atividade da infância, agora aparece como uma forma de descanso. E não é por acaso. Há um sentimento de familiaridade envolvido nesse hábito, como se houvesse um resgate do tempo em que as pausas não dependiam de telas ou da conexão constante. Em tempos marcados pela pressa, parar para colorir pode representar uma tentativa de reorganizar os pensamentos e acalmar o corpo. 

 

O efeito de colorir no cérebro e na saúde mental 

A prática de colorir, assim como outras atividades manuais, atua diretamente sobre o sistema nervoso. Neurocientistas explicam que ações repetitivas, feitas com concentração e previsibilidade, ajudam a reduzir a atividade de áreas cerebrais ligadas ao estresse. Isso leva à diminuição da produção de cortisol, o principal hormônio associado ao estado de alerta constante. 

 

Além disso, colorir estimula a liberação de dopamina, um neurotransmissor associado à sensação de satisfação. Ao focar nas cores e nos traços, o cérebro se ocupa de uma única tarefa e entra em um estado semelhante ao da meditação. Isso reduz o excesso de estímulos externos e favorece o equilíbrio emocional. 

 

Não se trata apenas de um passatempo. Para muitas pessoas, essa prática se tornou uma ferramenta para lidar com a ansiedade, melhorar o foco e estabelecer momentos de pausa no dia. 

 

Outras formas de descansar longe das telas 

Colorir não é a única atividade capaz de oferecer esse tipo de efeito no organismo. Há outros caminhos possíveis para quem busca momentos de descanso com mais presença e menos estímulos digitais. 

 

Atividades como cozinhar, cuidar de plantas, bordar, montar quebra-cabeças ou escrever à mão também proporcionam essa desaceleração. Todas elas compartilham um mesmo princípio: envolvem tarefas com início, meio e fim, que permitem que o foco se direcione ao momento presente. 

 

Muitas vezes, o costume de “descansar” nas redes sociais não promove relaxamento real. Pelo contrário, pode gerar ainda mais cansaço, por manter o cérebro em estado de vigilância. Por isso, a busca por atividades que promovem atenção plena tem crescido. Elas funcionam como uma pausa mais concreta, que realmente renova. 

 

Saúde não está apenas nos consultórios 

Falar sobre saúde ainda é, em muitos contextos, falar sobre exames, consultas e diagnósticos. Mas saúde também está em práticas cotidianas, nas escolhas que ajudam o corpo e a mente a se organizarem melhor. É o que chamamos de saúde ampliada: um conceito que considera bem-estar físico, mental, emocional e social. 

 

Colorir, plantar, escrever, caminhar ou conversar com alguém com calma são formas de cuidado. Elas não substituem orientações médicas, mas podem complementar uma rotina mais equilibrada. Pequenos hábitos, quando feitos com constância, ajudam a reduzir o estresse, melhoram a qualidade do sono e fortalecem a saúde como um todo. 

 

Esse é um dos princípios que orientam o cuidado com os beneficiários da Ampla Saúde. Porque saúde está em tudo – por isso, é Ampla. 

 

Por Redação Ampla Saúde.